1 “Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados. (é Deus quem está mandando, eu só obedeço!)
2 Todavia, me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos; como um povo que pratica a justiça e não deixa o direito do seu Deus, perguntam-me pelos direitos da justiça, têm prazer em se chegar a Deus (é o que nós fazemos hoje, não é?)
3 dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu o não sabes? Eis que, no dia em que jejuais, achais o vosso próprio contentamento e requereis todo o vosso trabalho. Seria este o jejum que eu escolheria: que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a cabeça como o junco e estenda debaixo de si pano de saco grosseiro e cinza? Chamarias tu a isso jejum e dia aprazível ao SENHOR? Isaías 58:1-3
Porque Deus ficou tão bravo com seu povo? Certamente não foi pelo fato de estar jejuando, mas por que faziam isso para se justificar, ou seja, requeriam A BENÇÃO diante de Deus pelo fato de estarem fazendo jejum, que era uma prática que teoricamente agradava a Deus. É claro, como fariam isso através de algo que Deus fosse contra: pense sobre isso. Acho que você já sabe aonde queremos chegar, mas vamos continuar:
Paulo escreve: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” Efésios 2.8,9
É exatamente esse o ponto: o povo de Deus na época de Isaías e também nos dias de Jesus, estava sendo ensinado pelos seus líderes (fariseus, escribas, sacerdotes) nesta fé. Que fé? A fé da justificação pelas obras, é claro, disfarçada de PRÁTICA DA LEI, pois estavam debaixo da Lei.
No caso acima a questão era o jejum. Mas e o hoje, estando nós debaixo da Graça, como temos nos achegado a Deus, que “fé” temos praticado, ou sendo ensinados a praticar?
Pense nisto!!! O que você tem feito? Como tem sido suas orações? Talvez algo parecido com isso:
“Senhor tu sabes, sou dizimista”;
“Senhor tu sabes, sou ofertante”;
“Senhor tu sabes, sou fiel”;
“Senhor tu sabes, estou sempre presente nos cultos”;
“Senhor tu sabes, não falto em nenhuma Santa Ceia”;
“Senhor tu sabes que não estou em pecado”;
“Senhor tu sabes que faço todas as campanhas”;
“Senhor tu sabes, oro todos os dias”;
“Senhor tu sabes, ouço a Palavra todos os dias”, etc.
São apenas alguns exemplos, nossa criatividade vai longe, mas veja que são coisas lícitas, coisas que estão “de acordo com a Palavra”, mas que sem perceber estamos repetindo o mesmo erro do povo de Deus do passado: justificação pelas obras, é sempre assim: eu fiz; eu sou; eu estou; ou, você tem que fazer; você tem que se esforçar; etc., isto NÃO É EVANGELHO DE JESUS! Por isso é que Deus está bravo e manda erguer a voz, esta “fé” pode até dar resultados, contar testemunho, mas não tem VIDA de Deus, não tem nada a ver com Deus, nem com o Espírito de Deus.
Paulo chama esta prática de: lei, isto que é estar debaixo da lei:
“Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; E é evidente que, pela lei, ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé. Ora, a lei não é da fé, mas o homem que fizer estas coisas por elas viverá. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo e para que, pela fé, nós recebamos a promessa do Espírito.” Gl 3.10-14
“Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído.” Gl 5.4 (ler todo capítulo 5)
Viu como a situação é séria? É muito séria mesmo, enquanto nos preocupamos em não cair para um lado, estamos caindo para o outro sem perceber, devido tamanha sutileza. Ou seja, nós também somos tentados a voltar ao pecado, às práticas antigas, você sabe e não vemos que praticando outro Evangelho também estamos separados de Cristo, portanto em igual pecado, na verdade em pior pecado, porque seria melhor nem ter conhecido, diz Pedro.
Diante desta situação o que devemos fazer?
Voltar à verdadeira fé, a verdadeira justiça, ao verdadeiro Evangelho de Jesus, à Graça de Deus em Cristo, que é simplesmente CRER no que foi feito por Deus antes da fundação do mundo, antes de nascermos, antes de termos feito bem ou mal. É descansar o coração e saber que está tudo pago, tudo conquistado, Ele venceu o mundo, nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, nos amou sendo ainda pecadores, nos abençoou com toda sorte de benção, nos enriqueceu de sabedoria e conhecimento, de que você mais precisa? Creia que em Jesus você já tem o que basta para ser o que Deus quer, não precisa correr de uma parte para outra; está aí agora junto de ti, esta é a fé requerida, parece meio sem graça para nós porque não precisa fazer nada, mas é assim mesmo, para que ninguém tenha de que se gloriar diante de Deus, como vimos acima.
Depois de crer nisto com o coração (só o Espírito pode te ensinar e convencer) sua oração vai ser:
“Pai, graças te dou por Cristo Jesus..., não sou digno..., mas vou provar desta Vida, deste amor, e usufruir desta herança para Sua Glória, segundo a Sua vontade, porque já não vivo mais eu...”
E digo mais, isto vai queimar dentro de você, vai fazer jorrar um rio de águas vivas, isto é, você vai falar e fazer tudo o que Deus te falou e te fez, para que todos também saibam e ouçam, e provem deste amor que te conquistou... Esta é a lei do amor que Paulo falava, este é o Evangelho de Jesus, leia a Bíblia a partir desta luz e deixa o rio do Espírito de levar, deixa Jesus derribar este templo que foi edificado em ti, e rapidinho você verá que tem outro construído para o coração, outro onde repousa a glória de Deus, no coração.
(continue lendo o texto de Isaías 58 e vai ver qual o jejum que agrada a Deus!)
A Graça seja com todos, em Nome de Jesus, amém.
De seu irmão em Cristo, Robson Cruz.